Jornalista RAY RABELO Presidente do INESPEC

domingo, 23 de setembro de 2018

Material didático para se trabalhar no AEE

Publicado em 25 de ago de 2017Por REDE CECU INESPEC - 2007-2018

Popeye é um personagem clássico dos quadrinhos, criado por Elzie Crisler Segar[1] em 17 de janeiro de 1929[2], na tira de jornal Thimble Theatre, em 1933, foi adaptado em uma série de curta-metragens de animação pela Fleischer Studios e posteriormente pelo Famous Studios para Paramount Pictures que durou até 1957. Estes curtas são agora propriedade da Turner Entertainment, uma subsidiária da Time Warner, e são distribuídos pela sua empresa irmã, a Warner Bros. Entertainment.

Após a morte de Segar em 1938, a tira foi continuada por vários roteiristas e ilustradores, o mais notório deles é Bud Sagendorf, ex-assistente de Segar.
Ao longo dos anos, Popeye também apareceu em revistas quadrinhos, desenhos para animados da televisão, videogames, e um filme live-action de 1980 dirigido por Robert Altman, estrelado pelo comediante Robin Williams como Popeye.
Em 2002, Popeye aparece na vigésima posição da lista "50 grandes personagens dos desenhos animados de todos os tempos" do TV Guide.[3]

Popeye é um marinheiro carismático que está sempre tentando proteger sua namorada, Olívia Palito (em inglês Olive Oyl, e pronuncia-se: "Ólev Oiu"), das garras de seu eterno inimigo, Brutus (em inglês Bluto).
Quando come espinafre, Popeye fica muito mais forte e confiante, podendo vencer qualquer desafio. O personagem estreou em 1929 na tira Thimble Theatre.

O marinheiro Popeye tem como suas principais características, seu uniforme de marinheiro (que era de cor escura na década de 1930, mudando mais tarde para branco no final dos anos 40, e durante os anos 50 e anos 60, como são os uniformes da Marinha); possui duas tatuagens de âncoras nos dois braços, e está sempre com um cachimbo feito de sabugo de milho, por causa disso ele só fala com um dos cantos da boca, enquanto segura o cachimbo com o outro canto do outro lado do nariz. Tem a cara meio deformada, sempre com um olho fechado, e um protuberante queixo partido ao meio. Em suas primeiras aparições não era careca, possuía vários fios de cabelo despenteados em baixo do quepe de marinheiro, que com as mudanças no design do personagem durante os anos, foram sendo reduzidos para apenas três ou dois fios.

Diferente do que muitos pensam, o personagem não apresenta uma idade tão avançada, mas tem apenas um "rosto deformado", pois ele nunca foi mostrado em seus desenhos tendo a idade de um homem velho. Em um curta-metragem de 1953 chamado "Popeye, the Ace of Space", é revelado que o personagem tem na verdade 40 anos; em Popeye o Filme de 1980 (que traz Robin Williams no papel principal), o marinheiro é descrito com cerca de 30 anos. Curiosamente no site oficial popeye.com, as idades dos personagens são descritas desta forma: Popeye tem 34 anos, Olívia tem 29, e Brutus 36.
Por causa de sua superforça, Popeye é descrito como um precursor dos super-heróis que dominariam o mercado americano de quadrinhos.[4]

Algumas das frases mais usadas pelo personagem são: "I'm Popeye, the sailorman!" ("Eu sou o marinheiro Popeye!"), "I am what I am, and that's all what I am!" ("Eu sou o que sou, e isso é tudo o que eu sou!"), "I'm strong to the finish, cause I eats me spinach!" ("Sou forte até o fim, com espinafre pra mim!"), "That's all I can stands, cuz I can't stands n'more!" ("Isso é tudo que eu posso aguentar, porque eu não aguento mais").

Mas a frase que é traduzida para português das mais diferentes formas é "Well, blow me down!" que significa ao pé da letra: "Bem, ventanias me empurrem!" ("Blow Me Down" é uma frase popular entre piratas ou marinheiros, referindo-se aos ventos empurrarem as velas do navio). Na dublagem brasileira essa mesma frase é substituída por várias outras expressões usadas no Brasil, como: "Macacos me mordam!", que algumas vezes varia também entre "Tubarões me mordam!" e "Camarões me belisquem!" (para fazer referência ao fato de Popeye ser um marinheiro). Outras traduções para "Blow me Down" criadas somente na dublagem do Brasil são: "Pelas barbas do camarão!", que é uma paródia da frase "Pelas barbas do profeta!", também muito conhecida no Brasil, e "Com mil camarões!", paródia da frase "Com mil demônios!", outra expressão comum no Brasil. A única frase usada na dublagem brasileira que mais se aproxima da original "Well, blow me down!" dita na versão em inglês é: "Ventos me levem!", que é usada na tradução de poucos episódios.

No entanto Segar não pode aproveitar muito o sucesso de seu personagem, pois ele morreu em 13 de outubro de 1938, aos 43 anos de idade, vítima de leucemia. Doc Winner substituí Segar por vários meses, conseguindo se ajustar ao estilo, mas com dificuldades para desenhar Eugene.[5] No início de 1939, Tom Sims se torna o roteirista da tira, em seguida, no meio do ano, a King Features escala o desenhista Bela Zaboly.[1]

Em 1955, a tira diária é assumida por por Ralph Stein. No final de 1958, seguindo o desejo do King Features para poupar dinheiro, Bud Sagendorf, ex-assistente de Segar[1] e responsável pelas revistas em quadrinhos, assume a tira de jornal.[6] Suas páginas, publicado em 1959, mostrar o estilo que ele desenvolveu durante doze anos ilustrando as revistas, mostrando um estilo um pouco diferente da Segar. Em 1986 Sagendorf abandona tira diária para se dedicar mais tempo à sua família, continuando a prancha dominical até a sua morte em 1994.[7]

King Features escolheu para sucedê-lo no tira diária o autor underground Bobby London, o estilo é muito influenciado por Segar. O syndicate hesita até mesmo para realizar esta experiência, em 1986, a tira diária Popeye deixa de circular em muitos jornais americanos, embora continuasse a ser publicada no resto do mundo.

Referências

3.    Ir para cima↑ TV Guide Book of Lists. Running Press. 2007. p. 158. ISBN 0-7624-3007-9
4.    Ir para cima↑ Blackbeard, Bill, "The First (arf, arf!) Superhero of Them All". In Dick Lupoff & Don Thompson, ed., All In Color For A Dime Arlington House, 1970.
5.    Ir para cima↑ Fred Grandinetti (2004), Popeye: An Illustrated Cultural History, McFarland, p. 9
6.    Ir para cima↑ Fred Grandinetti (2004), Popeye: An Illustrated Cultural History, McFarland, p. 12
7.    Ir para cima↑ Fred Grandinetti (2004), Popeye: An Illustrated Cultural History, McFarland, p. 15
8.    Ir para cima↑ Fred Grandinetti (2004), Popeye: An Illustrated Cultural History, McFarland, p. 18
10.  Ir para cima↑ Fred Grandinetti (2004), Popeye: An Illustrated Cultural History, McFarland, p. 20
11.  Ir para cima↑ Fred Grandinetti (2004), Popeye: An Illustrated Cultural History, McFarland, p. 21
12.  Ir para cima↑ Fred Grandinetti (2004), Popeye: An Illustrated Cultural History, McFarland, p. 22
18.  Ir para cima↑ Antero Leivas e Franco de Rosa (2002). «Popeye - Mais de 60 anos distribuindo socos na base do espinafre e nadando em popularidade». Popeye. Col: Coleção Opera King. 2. [S.l.]: Opera Graphica
29.  Ir para cima↑ Fred Ladd, Harvey Deneroff (2008). Astro Boy and Anime Come to the Americas: An Insider's View of the Birth of a Pop Culture Phenomenon. [S.l.]: McFarland. 84 páginas. ISBN 9780786452576
32.  Ir para cima↑ David Perlmutter (2014). America Toons In: A History of Television Animation. [S.l.]: McFarland & Company. 95 páginas. ISBN 9781476614885
33.  ↑ Ir para:a b Ota (2014). «Bluto ou Brutus». Super Popeye. [S.l.]: Pixel MediaISBN 9788564529823